sexta-feira, 27 de junho de 2014

O sorriso, esse, foi inevitável!


Já lá vão uns anos valentes.

O tempo passa rápido e deixa um rasto de recordações e emoções em forma de músicas, imagens, cheiros, cores, gestos, gargalhadas, palavras, paisagens e outros estímulos que neste momento não me vêm a cabeça, mas que quando são accionados libertam uma quantidade de sensações e sentimentos que arrepiam.

Às vezes deixo-me ir atrás desse rasto, ando para trás tanto quanto posso e devo e, percebo a importância que cada pessoa ou coisa tem na minha vida.

A intensidade das recordações é medida pela intensidade das emoções sentidas.

A balança entra em campo. Às vezes tenho de me forçar a abandonar o forward. A dor da felicidade vivida é grande demais e a saudade rebenta como fogo de artifício. Não sabemos se havemos de rir ou chorar, as emoções baralham-se na beleza brutal de cada momento revivido. Outras vezes dá prazer continuar e sentir o alívio de já não sentir dor nenhuma e encontrar na saudade o melhor dos sorrisos.

Assim quero lembrar, relembrar e “trilembrar”. Faz-me sorrir, chorar, sentir viva, faz-me ter vontade de continuar a angariar momentos que me façam vibrar. Percebo mesmo que cada sorriso dado angaria outros dois.

Hoje, em forma de música, surgiu um ano de desordens e reencontros. E atrás da música veio o mar, o sol, a areia, as conchas, a brisa de uma manha de verão à beira do mar, o vento de fim de tarde a bater na pele queimada do sol, o corpo leve sem roupa, a sombra de uma árvore, o cheiro do mar, das flores, figos acabadinhos de colher da árvore e tantas outras coisas… Tantas coisas boas! O sorriso, esse foi inevitável! 

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