domingo, 26 de outubro de 2014

Quem feio ama bonito lhe parece

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A imagem das pessoas que estão ao nosso lado muda ao longo dos tempos e dos dias. 
Para ser mais precisa, pode mudar mesmo de uma hora para a outra.

Elas tornam-se mais bonitas ou mais feias conforme os seus gestos, os seus actos, a sua atitude, a sua maneira de estar e de tratar, de dar, de receber, de dizer...
A bem dizer a beleza de cada um, por mais que se não queira, vem de dentro, bem de dentro. 
Este processo é muito presente mas muito pouco consciente.

Apercebemo-nos disto no nosso dia-a-dia, mas o nosso subconsciente não nos revela estas realidades assim tão minimalisticamente: - Ah e tal, hoje pessoa tal está mais bonita ou mais feia por causa daquela atitude, gesto ou conversa.
Não, estas cenas reflectem-se directamente no coração e o coração transforma a nossa percepção imediata. Sim, é imediata. É imediata porque há mais luz ou menos luz nas nossas vidas nesses precisos momentos. 
Mas nem sempre esta luz é aproveitada da melhor maneira por parte de quem a dá conscientemente. Mas isso são outras andanças.
 

O facto é que de vez em quando temos surpresas e de um dia para o outro, uma pessoa muito bonita, de repente, vira feia e uma muito feia vira linda. 

Já dizia a minha avó que "quem feio ama, bonito lhe parece".

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Presente

 
 
Existe apenas uma idade para sermos felizes, apenas uma época da vida de cada pessoa em que é possível sonhar, fazer planos e ter energia suficiente para os realizar apesar de todas as dificuldades e todos os obstáculos. Uma só idade para nos encantarmos com a vida para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança, vestirmos-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmos-nos a todos os amores sem preconceitos nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que toda a disposição de tentar algo de novo e de novo quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se presente e tem a duração do instante que passa.
—  Mário Quintana.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Duas Vidas


Hoje compreendi na perfeição o excerto do poema de Fernando Pessoa.

«Temos todos que vivemos uma vida que é vivida e outra vida que é pensada.»

Eu tenho de facto duas vidas.

A nossa vida vivida, é tão simples!
É a que é e, nada mais.
A nossa vida pensada, dá-nos a sensação de que o mundo é todo nosso, cria-nos um sentimento de insatisfação e muita pressa de viver.
É uma vida muito mais delicada. Nela cabem todos os nossos sonhos sonhados, o que somos, o que não somos, o que gostaríamos de ser e todo um sem número de pensamentos, desejos e quereres.
Ao contrário do mundo vivido, é um mundo grande, cheio, vivo, imbuído de esperança e de ilusões. Dá-nos coisas que não conhecemos, ensina-nos tudo o que não sabemos e alimenta a nossa outra vida. 
Chegamos a ter certezas e sentimentos sobre tantas coisas que não vivemos…

A vida vivida é ou pode virar, um parasita que se alimenta da vida pensada. É preciso ter cuidado e não deixar que a pensada se sobreponha à vivida porque para todos os efeitos, a vivida é a que verdadeiramente vale e é nossa.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O que tem de acontecer, acontece




As coisas quando têm de acontecer, acontecem e ele há coisas que eu tenho a certeza que vão acontecer na minha vida!

Parando para pensar, até é um bocado estranho, estar a dizer isto assim. 

Como ter a certeza se a vida é uma incerteza?

O facto é que sinto, vem de dentro, não sei dia nem hora, não sei onde, nem sei tão pouco se será nesta vida. Mas sinto, não tem explicação! É como o nascer do Sol em cada dia é como as fases da Lua em cada ciclo. Acontecem, sabemos que estão lá. 

A calma é aquela de quem sabe que a coisa é certa. 
A espera não agonia! Mas o coração manifesta-se e bate a cada passo. 

"Talvez eu não chore, mas doí. Talvez eu não diga, mas eu sinto. Talvez eu não mostre, mas me importo." 
Clarice Lispector

quinta-feira, 17 de julho de 2014

É com as coisas pequenas que aprendemos as grandes.


É com as coisas pequenas que aprendemos as grandes.

É num beijo, num silêncio, num abraço, é num olhar e num sorriso, numa expressão, numa palavra, na cumplicidade, num gesto, num passo, num gosto de ti que aprendemos a amar.

E digo amar no verdadeiro sentido da palavra. Aprendemos a estar, a compreender, a respeitar, a olhar, a sentir, a cuidar…

São pequenos nadas da convivência que formam um todo. São com estes pequenos nadas que vamos aprendendo a encaixar-nos, são com estes pequenos nadas que vamos abrindo novos espaços dentro de nós.

Os pequenos gestos formam os alicerces dos grandes sentimentos.

Em sonho, tudo o que quero pertence-me.


Em sonho, tudo o que quero pertence-me. 

Tudo o que desejo é meu, tudo o que exijo, tenho. Tudo, mas tudo mesmo acontece como previsto e pode ser mudado a meu belo prazer, como peças de xadrez e de acordo com o jogo que é jogado no momento.

Adoro sonhar! Adoro alimentar o sonho e sonhar mais alto.

Pois bem, descobri que um sonho realizado é como um doce dentro de um recipiente de vidro difícil de abrir e que depois da primeira colherada se esborracha no chão, partindo-se em mil bocadinhos diferentes, deixando na boca um trago amargo do que foi experimentado e não teve tempo de ser saboreado. A digestão, essa fica difícil só de ver o que é bom ali aos nossos pés sem se conseguir aproveitar nadinha e, ainda, ter o trabalho acrescido de limpar os restos feios do que foi bonito e bom.

Diga-se a bem da verdade, que é um sentimento um tanto ou quanto estranho e frustrante. 

Mas há uma cerejinha no topo do bolo, a memória do que se provou. Bom! Muito bom! 

Mas o que foi já não é mais e o sonho antigo também já não volta.

Assim, resta-nos a substituição por um outro sonho. Alias é imperativo e inevitável. É a unica forma de se conseguir ultrapassar a frustação do anterior.

Que venham todos os sonhos do mundo, porque esses sim, não traem, não se estragam, não se vão embora, não viram as costas. Respondem, são previsíveis, confiáveis, saboreiam-se o tempo que se quiser, não caem, não se partem em mil pedacinhos.

Neste momento deixei de saber se quero que os meus sonhos se realizem.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

O sorriso, esse, foi inevitável!


Já lá vão uns anos valentes.

O tempo passa rápido e deixa um rasto de recordações e emoções em forma de músicas, imagens, cheiros, cores, gestos, gargalhadas, palavras, paisagens e outros estímulos que neste momento não me vêm a cabeça, mas que quando são accionados libertam uma quantidade de sensações e sentimentos que arrepiam.

Às vezes deixo-me ir atrás desse rasto, ando para trás tanto quanto posso e devo e, percebo a importância que cada pessoa ou coisa tem na minha vida.

A intensidade das recordações é medida pela intensidade das emoções sentidas.

A balança entra em campo. Às vezes tenho de me forçar a abandonar o forward. A dor da felicidade vivida é grande demais e a saudade rebenta como fogo de artifício. Não sabemos se havemos de rir ou chorar, as emoções baralham-se na beleza brutal de cada momento revivido. Outras vezes dá prazer continuar e sentir o alívio de já não sentir dor nenhuma e encontrar na saudade o melhor dos sorrisos.

Assim quero lembrar, relembrar e “trilembrar”. Faz-me sorrir, chorar, sentir viva, faz-me ter vontade de continuar a angariar momentos que me façam vibrar. Percebo mesmo que cada sorriso dado angaria outros dois.

Hoje, em forma de música, surgiu um ano de desordens e reencontros. E atrás da música veio o mar, o sol, a areia, as conchas, a brisa de uma manha de verão à beira do mar, o vento de fim de tarde a bater na pele queimada do sol, o corpo leve sem roupa, a sombra de uma árvore, o cheiro do mar, das flores, figos acabadinhos de colher da árvore e tantas outras coisas… Tantas coisas boas! O sorriso, esse foi inevitável! 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Tantos EU's

"Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo."
Fernando Pessoa

A vida é feita de muitos eus.

Em cada esquina aparece um e ainda nos vestimos de outros tantos.

Hoje percebo cada um que aparece e cada um que visto. Até já acho graça e reconheço que faço por ter mais alguns. Já não estranho grande coisa, até estranhar! Claro está! Há sempre a possibilidade de aparecer o improvável.

Afirmo e reafirmo que temos tantos eus quantos nós quisermos. Um em cada situação, um para cada pessoa, um em cada minuto. Vou mais longe, conseguimos, até para nós próprios, ter eus completamente distintos.

Esta realidade não é linear para o comum dos mortais, até mesmo para quem achava que os eus diferentes existiam porque a aprendizagem nos faz diferentes a cada passo e, por isso o eu de hoje nunca poderia ser o eu de amanha. Mas eu arrisco a dizer que, para além desta aprendizagem existe o que gostaríamos ou não de ser, ter sido ou feito e invariavelmente pomos em nós um bocadinho disso, como se de condimentos se tratassem, o que nos torna diferentes a todo o momento. Quantas vezes me espanto com o que sou!

Outra verdade é que gostamos de nos esconder nos vários eus  e muitas vezes entre eles.

Sim, esconder. Sei deste jogo melhor do que ninguém. “Não basta ser é preciso parecer” dizia a minha Avó. Mas eu sou de opinião de que nem sempre é preciso parecer, o ser, assim tão só, basta-me.

A partir daqui vem a loucura completa, a vida pode começar a cada segundo de uma forma diferente sendo o medo o único condicionalismo.

Não, ainda não enlouqueci, mas o meu eu louco anda ai.

Acrescento um excerto do Blog "Privilégio dos Caminhos" o primeiro blog que segui na minha vida e onde aprendi  quem era Fernando Pessoa: Uma flor amarela é só uma flor amarela? Resposta do Mestre Caeiro a Alvaro de Campos (a propósito do conceito directo das coisas) "Há uma diferença, acrescentou. "Depende se se considera a flor amarela como uma das várias flores amarelas, ou como aquela flor amarela só."(....)
Toda a coisa que vemos, devemos vê-la sempre pela primera vez, porque realmente é a primeira vez que a vemos. E então cada flor amarela é uma nova flor amarela, ainda que seja o que se chama a mesma de ontem. A gente nao é já o mesmo nem a flor a mesma. O próprio amarelo não pode ser já o mesmo. É pena a gente não ter exactamente os olhos para saber isso, porque então éramos todos felizes".
Alvaro de Campos,in "Notas para a Recordação do meu Mestre Caeiro", pag. 40, 41- Edições Estampa.

All sunshine

E Hoje foi assim que aconteceu:

S deu uma frase SUM completou com a fotografia.

E pode ser assim muitas vezes mais.

SUM 
"All sunshine makes a desert "
Old Arab Saying

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Simples no que sinto, complicada no que faço.


De tanto querer passar a simplicidade do que sinto, complico a minha existência.

As vezes embrenho pelos ouvidos. 

Dizem vezes sem conta, as vozes da sabedoria,  que devemos dizer e fazer e pôr e tirar e isto e aquilo, frito e cozido... Ahh e tal, deves fazer hoje o que não sabes se consegues fazer amanha, tens de arranjar forma de fazer ver às pessoas de quem gostas o quanto gostas delas, e precisas delas, fala e impõe-te enquanto podes e consegues, enquanto o tempo te permite, devemos fazê-las felizes por serem quem são, e sentirem-se amadas e queridas... 
Não esquecendo, naturalmente, que este tipo de comportamento também me faz sentir bem e feliz, afinal de contas é bom poder dizer  e fazer o que nos vai na alma.

E claro está, sendo quem sou quero ouvir tudo e todos e chegar a todo o lado (sou um bocado loira, é verdade) e faço das tripas coração, para chegar onde sei que consigo e posso,  tenho dito o que quero por quem passa por mim,  também porque sempre acreditei e tenho o  grande lema de que: “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” (Antoine de Saint-Exupéry).

O problema é que o ser humano não está formatado para este tipo de existência e comportamento, muito mais nos nossos dias e, por isso, tenho a maior dificuldade em me fazer entender e fazer as pessoas acreditarem nas minhas verdadeiras intenções. Vai que, acreditar nas minhas missivas ainda fica mais difícil.  

Às vezes dá-me para rir  com a reacção, outras vezes fico sem saber o que fazer ou dizer, mas o pior mesmo é quando fico com a sensação de que não devia ter feito ou dito. Sinto que compliquei a minha existência.

O meu jeito para explicações sempre foi nulo, a argumentação é do piorzinho que anda por ai, por isso em caso de “guerra” fecho a boca e o assunto vai morrendo, com tudo o que isto possa implicar .

Já pensei também se tudo isto não passa de, afinal não ser assim “tão simples” e que no fundo quero dar, para ir a tempo de receber... 

Bem... Na volta!...

Todo o comportamento espera outro. O tempo ditará a sua justiça.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Saudade




Se um dia uma brisa leve e suave tocar seu rosto, não tenha medo, é apenas minha saudade que te beija em silêncio.
Desconhecido

terça-feira, 20 de maio de 2014

Quando só ser não basta!

Consigo ficar surpreendida com o que escrevi. 
Li e gostei. 
Amanha não sei se vou gostar. 
E fui lá atrás novamente,
Quando o que era foi,
E descobri a solidão de um amor calado.
Fui caminhando lentamente
pela estrada do passado e vi,
Que eu só ser não bastava.
Eu era, mas para quem era, não era.
Hora errada.
Restou o que ainda sou,
E sempre serei
O que senti e dei.
Fica a serenidade
Do que fui,
E a clareza do que entreguei.
Cai agora a certeza,
De que sou e serei
Quis, quero e darei,
porque o que eu era,
Era e serei,
E o que dei ficou.
Ficou cravado na pedra.
(SUM)

terça-feira, 13 de maio de 2014

Cabe a mim decidir entre rir ou chorar

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“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
Cora Coralina

Lições de vida são o que a vida nos dá todos os dias. A aprendizagem é constante e mesmo quando achamos que já sabemos muito e que a cadência vai diminuindo, lá vem outra e mais outra e mais outra!

Não diminui coisa nenhuma.

Esta foi a última que aprendi: Mesmo na tristeza, na dor, no sofrimento, na saudade podemos rir e lutar, basta que seja essa a nossa decisão. 

Vontade? Essa... Essa nem sempre existe, é sempre mais fácil ficar encostados no chove e não molha ou usar muletas. É fácil ter pena de nós, viver na ilusão, fantasiar, alimentarmos a imaginação, é fácil arranjar desculpas para adiar decisões, iludir-nos com falsas felicidades, fingir que está tudo bem quando sabemos de antemão que tudo não passa do que queremos ver, do que queremos tanto sentir ou experimentar. Arranjamos mil desculpas, mil indecisões, mil inseguranças, mil incertezas, mil desconfianças. Desconfio que... E arrisco mesmo dizer, que são pedidos de consentimento para as nossas não decisões, verdadeiras chamadas de atenção. Quais pedidos de socorro ou sinais de fumo.

É como tentar dividir uma coisa que não é divisível. Pedir o que não é passível de ser pedido.
Mais cedo ou mais tarde, teremos que avançar com a decisão correcta e, ela tem de ser nossa e só nossa e quanto mais rápida for mais cedo nos livramos dos efeitos de não a tomarmos.
Assim ser feliz ou infeliz vai muito do que queremos para nós. Em todas as fases do processo de decisão.
Decidir que precisamos de sorrir, decidir que queremos rir, rir e por ultimo, olhar para trás e dar um gargalhada cheia de vontade.

Não, não é fácil. Mas de uma coisa tenho a certeza, para aprender é preciso por em prática e posto na prática percebemos que custa menos, mas muito menos mesmo do que pensar em faze-lo.

Sempre ouvi dizer que quem pensa não faz, porque pensar implica esmiuçar a situação, perceber os prós e os contras, as coisas boas e coisas más, as que fazem sofrer e as que nos fazem dar um sorriso mesmo doendo, fora aquelas que só implicam coisas más numa primeira fase. Não é animador. Mas é necessário avançar.

E, nada melhor do que perceber, que apesar de tudo se pode e deve continuar a sorrir, mesmo que se tenha o coração apertado de dor. Um dia a dor passa e fica a áurea do sorriso que se teve, em forma de gargalhadas.

sábado, 26 de abril de 2014

Para Viver um Grande Amor



É quando leio estas coisas que me pergunto porque é que ainda tento escrever se há pessoas que dizem, em tão menos palavras, tudo o que tenho para dizer e ainda mais um bocadinho, aquele em que dizem tudo o que nunca consegui, se quer verbalizar.


Para Viver um Grande Amor
É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.
Quebrar barreiras construídas ao longo do tempo,
Por amores do passado que foram em vão
É preciso muita renúncia em ser e mudança no pensar.
É preciso não esquecer que ninguém vem perfeito para nós!
É preciso ver o outro com os olhos da alma e se deixar cativar!
É preciso renunciar ao que não agrada ao seu amor...
Para que se moldem um ao outro como se molda uma escultura,
Aparando as arestas que podem machucar.
É como lapidar um diamante bruto...para fazê-lo brilhar!
E quando decidir que chegou a sua hora de amar,
Lembre-se que é preciso haver identificação de almas!
De gostos, de gestos, de pele...
No modo de sentir e de pensar!
É preciso ver a luz iluminar a aura,
Dando uma chance para que o amor te encontre
Na suavidade morna de uma noite calma...
É preciso se entregar de corpo e alma!
É preciso ter dentro do coração um sonho
Que se acalenta no desejo de: amar e ser amada!
É preciso conhecer no outro o ser tão procurado!
É preciso conquistar e se deixar seduzir...
Entrar no jogo da sedução e deixar fluir!
Amar com emoção para se saber sentir
A sensação do momento em que o amor te devora!
E quando você estiver vivendo no clímax dessa paixão,
Que sinta que essa foi a melhor de suas escolhas!
Que foi seu grande desafio... e o passo mais acertado
De todos os caminhos de sua vida trilhados!
Mas se assim não for...
Que nunca te arrependas pelo amor dado!
Faz parte da vida arriscar-se por um sonho...
Porque se não fosse assim, nunca teríamos sonhado!
Mas, antes de tudo, que você saiba que tem aliado.
Ele se chama TEMPO... seu melhor amigo.
Só ele pode dar todas as certezas do amanhã...
A certeza que... realmente você amou.
A certeza que... realmente você foi amada."
(Carlos Drummond de Andrade)


 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Caderninho



NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.


(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 22 de abril de 2014

PUDESSE EU


Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes.

(Sophia de Mello Breyner Andreson)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Explode Coração



E hoje é assim que me sinto:

“Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder
O que não dá mais pra ocultar e eu não posso mais calar…”
(Gonzaguinha)

Chamem-lhe o que quiser, eu chamo-lhe “Explode Coração”.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

“VIVER É NÃO PENSAR”...


Estou a precisar de histórias simples. Daquelas estupidamente simples. Básicas, pequenas, lindas.
Procurei e encontrei coisas lindissimas, mas a que mais gostei foi de Fernando Pessoa: “Viver é não pensar.”
“VIVER É NÃO PENSAR”...
Que bom. Hoje, era isto mesmo. Não pensar! Que bom que é poder não pensar. Que bom que é poder descontrair sobre o efeito do "não pensar", de não ter nada em mente, oco, vazio, nem um simples sopro. Simplesmente ser, estar, olhar, sem sentir, sem ver, sem tocar.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

INQUIETANTE


INQUIETANTE


E não, não é porque hoje é sexta-feira, é mais porque tenho dentro de mim um vulcão a querer explodir e quando assim é preciso de me refugiar em coisas que digam por mim o que me vai na alma, já que não nasci com essa capacidade.

E hoje é mais isto:

O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
 
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
(Fernando Pessoa)

E mais isto:

“Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...”
(Fernando Pessoa)

E porque gostaria de transmitir que:

“Para ser grande, sê inteiro; nada
Teu exagera ou exclui;
Sê todo em cada coisa; põe quanto és
No mínimo que fazes;
Assim em cada lago, a lua toda
Brilha porque alta vive.”
(Fernando Pessoa)

E ainda que:

“Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
(Fernando Pessoa)

Não esta tudo, mas está grande parte!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um ponto verde



A falta que um pontinho verde pode fazer!
Nos dias de hoje, com as novas tecnologias a bombar mais o sentimento de solidão que parece estar muito mais presente, entre outras condicionantes, agarramo-nos a coisas que nunca na vida teríamos pensado que pudessem acontecer. As bolinhas verdes, são disso exemplo.

É impressionante como um simples pontinho verde pode mudar o nosso "mude" do dia, já para não falar na companhia que fazem ou no conforto que sentimos quando os vimos por lá.
Às vezes não passa disso mesmo, conforto e companhia. Mas também já experimentei outros sentimentos menos bons e por isso consigo perceber que também os pontinhos verdes têm o seu lado mau, alias como tudo nesta vida.

Se por um lado é um conforto e uma companhia, por outro pode ser um motivo de desconforto e intromissão, pode ainda assumir contornos mais dramáticos como o do ciúme, desconfiança, cismas e suspeitas, medos, etc. 

Já vi e ouvi coisas curiosas, coisas muito curiosas mesmo.
Mas não dramatizando e não entrado nos extremos, exageros e proporções que todas as coisas podem tomar... Sim, eu percebo a falta que um pontinho verde pode fazer nos dias de hoje.
É extraordinário…
A partir daqui tudo é possível!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

À "vontadinha" versus charme e sedução



Não devemos perder nunca o nosso toque de sedução perante a vida. E mais... Devemos exerce-lo em tudo o que fazemos e dizemos com à vontade. Há quem lhe chame de charme... Não tenho nada contra. 

Ao contrário do à vontade, o à vontadinha ou excesso de confiança, é das piores coisas que podem existir na vida, tira-lhe a beleza e a magia, dá-nos grandes desilusões, por vezes magoa-nos e enxovalha-nos, e o pior é que, com o passar do tempo e com o à vontade a crescer, tudo se encaminha nesse sentido.
Este deslize de inexperiência sai-nos caro, muito caro!

Que venha sedução, que venha o charme, seja o que for que dê encanto à nossa existência, está de bom tamanho.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

... Como? Mudando, melhorando



Duvidas? Tantas...
Quereres? Muitos.
Certezas? Nenhumas.
Vontades? Determinadas e cegas.
Desejos? Mil.
Caminhos? Cruzados.
Luzes? Fracas.
Sorte? Perto.
Oportunidade? Quero.
Atitude? Pouca.
Iniciativa? Zero.
Intenção? A melhor.
Sonho? Alto, muito alto.

Para este Ano? O melhor ano da minha vida.
Como? Mudando, melhorando.
 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Meu Olhar


O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

(Fernando Pessoa) 

domingo, 5 de janeiro de 2014

Mar


Mar
Metade da minha alma é feita de maresia.
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Espero sempre por ti o dia inteiro,
Quando na praia sobe, de cinza e oiro,
O nevoeiro
E há em todas as coisas o agoiro
De uma fantástica vinda.
As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só para mim.

(Poema de Sophia de Mello Breyner)