sexta-feira, 26 de abril de 2013

Eterna Espera


Devo estar mais sensível ou coisa que o valha.
Dizem que é da Primavera. Devo dar o beneficio da duvida. O facto é que este cheiro primaveril, os dias compridos, as cores fortes, a inundação dos verdes, o cheiro do sol quente na pele, activa uma carrada de lembranças fortes que estão dentro de mim, geralmente latentes, há anos e anos sem fim.
É verdade ainda, e também, que é nestes dias, em que o tempo começa a aquecer, que reaparecem alguns sonhos recorrentes que me deixam nostálgica e ligeiramente noutro mundo. Aquele meu mundo onde tudo é possível e onde eu sou rainha e senhora da minha vida.
Em sonho, todos os meus sonhos são reais e subsistem mesmo depois de acordada. Fico ligeiramente entorpecida e embrenhada na procura de cada sentido um dia já sentido e espero a cada momento pelo momento da concretização. Um dia será o dia e nesse dia serei eu até ao fim da minha vida. É por esse momento que espero, é por esse momento que vivo.
Sensibilidade à flor da pele? Talvez sim!
Será da Primavera, dos sonhos ou da eterna espera?

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