sábado, 23 de outubro de 2010

Cumplicidades

Hoje, neste dia de lua cheia, deu-me vontade de escrever.

Deitei a cabeça para trás, parei dois segundos e ao voltar, desatei a escrever ao som destas musicas:




Não é estranho. Gosto de escrever ou melhor gosto de falar comigo. Gosto de me fazer explicar, gosto de me tentar compreender. É um bom exercício para quem não quer ou não sabe pensar, para quem se perde em pensamentos e divaga. Assim não há forma de nos perdermos. É aquilo ou é isto.

Quando se começa a escrever o pensamento flui e às vezes escapa-se para outras paragens que não a do primeiro propósito, o que não é essencialmente mau, quantas vezes se chegam a pensamentos engraçados. Outras vezes retoma-se rapidamente o fio à meada e segue-se o caminho por onde se tinha começado. Esta é uma das grandes vantagens de se poder pensar através da escrita.

Entre o que escrevi e o que apaguei, entre o que pensei e não escrevi, entre o que ficou mas não se vai ver, entre o que foi e o que voltei a trás, entre o que é e o que não é, se está bem ou se está mal, se é feio ou bonito, se está correcto ou não, escrevi que me fartei.

Definitivamente escrever tem graça, complica ou descomplica, tanto pode aliviar como magoar, fazer rir ou chorar, pode até nem fazer nada, mas é uma grande companhia, faz do papel um grande ouvinte e da caneta uma grande cúmplice.

Estava mesmo a precisar...


2 comentários:

Ricardo António Alves disse...

E foi um bom exercício.
A música, não a posso agora ouvir, porque tenho a minha ligada.

sum disse...

Foi um óptimo exercício, RAA! :)
A musica só ajudou no ritmo das batidas, para quem não escreveu não é muito importante. :P