terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nada é uma ideia minha...


E porque nada é uma ideia minha, e porque a minha ideia de qualquer coisa, essa sim já muito minha, não é mais do que o que os meus olhos vêm, o meu coração sente ou a minha pele que se arrepia...

"O Universo não é uma Idéia Minha...

O universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso."

(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Oração


"O amor não se mede pela quantidade das nossas acções, mas pela quantidade de amor que pomos nelas. "




"Eu sinto que vem do céu um sopro leve, um vento quente que nos aquece, um sopro vivo que vem de Deus. Um vento que nos aquece e envolve a alma do mesmo modo que o mar se acalma quando as ondas se vão deitar. Eu sinto que vem do céu um amor imenso que se entrega em nuvens de incenso, um amor suave que vem de Deus. Um amor que nos transforma e alumia, tal como a noite dá vez ao dia quando as estrelas se vão deitar."

domingo, 29 de agosto de 2010

Sempre no meu caminho


Por onde ande, ele vem atras. Não ha volta a dar, não há momento sem sentido.




Elton John
Friends Never Say Goodbye

"There isn't much I haven't shared
with you along the road,
and through it all
there'd always be
tomorrow's episode
Suddenly that isn't true
there's another avenue
beckoning the great divide
ask no questions
take no sides
who's to say who's right or wrong
who's coarse is braver run
but if I started over
I know I would choose
the same joys
the same sadness
each step of the way
that fought me and taught me
that friends never say
Never say goodbye
suddenly that isn't true
there's another avenue
beckoning the great divide
i know i would choose
the same joys
the same sadness
each step of the way
that fought me
and taught me
that friends never say
Never say goodbye"

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CIAO


Ainda na sequência:

Ciao, pra quem não sabe, é corruptela da palavra schiavo (escravo).”

Fui ver!

A palavra ciao , (muitas vezes aportuguesada para tchau ou chau) é uma saudação informal italiana, podendo significar tanto "olá" como "até logo".
Originalmente da língua vêneta (com o significado de "escravo", pela corruptela da palavra "schiavo" como "s'ciào"), saudar com "ciao" significava dizer "sou seu escravo", correspondendo à saudação italiana "servo vostro" e à portuguesa “um seu criado”, fórmulas caídas em desuso, significando "estou ao seu inteiro dispor".
Esta saudação foi adoptada em italiano para posteriormente ser emprestada ao vocabulário de muitas línguas, como o português, o castelhano e o inglês, significando, todavia, apenas "até logo".

OK


Origem do Ok (segundo Millôr Fernandes)

Durante a Guerra de Secessão (que eu achava que era um erro de revisão), quando as tropas voltavam para o quartel sem nenhuma baixa, escrevia-se numa placa "0 Killed" (zero mortos). Daí surgiu a expressão O.K., para indicar que tudo estava bem.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pensamento 36


No outro dia partilhei uma frase no Facebook que dizia:

"Não grite sua alegria, a inveja tem sono leve."
(Elberte Reis)

Hoje leio este:

"Nunca converses da tua felicidade com alguém que seja menos feliz do que tu."
(Atribuída neste Caderninho a Pitágoras)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pensamento 26


“Obedeço a quem devo. Sirvo a quem me agrada. Sou de quem me merece. “

Caderninho


"A experiência directa é o subterfúgio, ou o esconderijo, daqueles que são desprovidos de imaginação." ("Livro do Desassossego" Autor: Fernando Pessoa)

Estas são daquelas passagens, que se devem guardar e partilhar.

Aí vai mais uma:

-Parece impossível que tudo à roda de nós seja ou se mostre sempre tão passivo, que a nossa desordem seja só interior, se não comunique ao que nos cerca...O trabalho obstinado do meu pensamento é o de desarticular as causas do meu mal-estar, mas é um trabalho impotente, de pancadas cegas. (Pequena passagem do livro "Solidão" de Irene Lisboa.)

Os Caderninhos servem para isso mesmo.

Ontem andei a remexer em papéis e encontrei um Caderninho de Pensamentos que uma Tia da minha mãe lhe deu de presente de 14 anos.

O Caderninho é manuscrito e tem como pensamento introdutório:

"As máximas são como os números que compreendem grandes valores em bem poucos algarismos"

A carta que o abre reza o seguinte:

"Aveiras de Baixo
6 de Agosto de 1956

Minha muito querida Helena
Com mil parabéns pelos seus 14 anos, ofereço-lhe estes pensamentos para a menina guardar. Não lhe peço que os leia, muito menos todos de uma vez, mas quando lhe apetecer ou lhe lembrar, leia um qualquer ao acaso e medite 2 minutos na verdade que ele encerra. Foram todos escolhidos por mim e para si. Deixo uma grande parte do livro em branco para a menina o completar pela vida fora com pensamentos que lhe agradem.
Se eu vier a saber que a menina recolheu um pensamento que seja, e o escreveu neste livro, é o melhor agradecimento que me pode fazer pela alegria que me dá por ver que o meu trabalho não foi de todo inútil.
Um grande beijo da Tia
Maria Emília"

Mais do que o próprio do Caderninho é a intenção que está por trás que o faz tão valioso.
A oferta valeu bem a pena. Para além de ter sido completado com uns quantos pensamentos recolhidos pela minha Mãe, vai agora ter mais uns quantos recolhidos por mim.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quando me amar de verdade


Este foi um texto que uma grande grande amiga me eviou hoje. Tem tanto de certo que até doi.
O pior mesmo é “amarmo-nos de verdade”.
Fazer por isso vai ser o lema do ano novo, que se aproxima a passos largos.
Nada como começar a pedir ao universo, para ter de volta o pedido em tempo util de cumprir com os objectivos...

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.


Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode-me atormentar e decepcionar-me. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!!!

(apesar de ser um texto geralmente atribuido a Charlie Chaplin, na realidade não é)

sábado, 21 de agosto de 2010

Filosofias


Hedonismo, Epicurismo, Utilitarismo, entre outros …ismos que tais, tudo filosofias…

Filosofias que se baseiam no prazer como o principal objecto da vida.

Cada doutrina na sua vertente, uns mais individuais, outros menos, uns mais radicais outros menos, uns mais físicos outros menos, com mais ou menos dor, mais intelectual ou menos …

Estas, são algumas das coisas que aprendo no meu dia-a-dia e que me ajudam a perceber que às vezes a minha maneira de pensar e os meus pensamentos, tantas vezes malucos e aparentemente irreais e insanos, não são assim tão estranhos como isso. Alguém já os pensou, alguém já os teve. Ajudam-me a não me ver como uma ave muito, muito rara.

Não me fixo em nenhuma doutrina, não sigo verdadeiramente uma específica. Mas penso um bocadinho de cada uma delas, conforme a situação no momento. Mas o melhor mesmo é que me sinto muito mais “normal” sempre que me deparo com estes pensamentos…

Tudo isto vindo de uma musica que me mandaram, cheia de sentido no meu dia de hoje.





Skunk Anansie "HEDONISM"

I hope you’re feeling happy now
I see you feel no pain at all it seems
I wonder what you’re doin’ now
I wonder if you think of me at all
Do you still play the same moves now
or are those special moods
for someone else
I hope you’re feeling happy now

Just because you feel good
doesn’t make you right
Just because you feel good
still want you here tonight

Does laughter still discover you
I see through all those smiles
that look so right
Do you still have the
same friends now
to smoke away your
problems and your life
Oh how do you remember me
the one that made
you laugh until you cried
I hope you’re feeling
happy now

I wonder what you’re
doing now
I hope you’re feeling
happy now

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Love of My Life


Esta versão também é muito engraçada!

Sinais...




Sinais...

Indícios…Enigmas...Impenetrável… Incompreensível… Ilegível… Indecifrável…Escuridão...

Não sei ler os sinais que me mandam, aliás nunca os soube ler. A minha veia de índia está escondida por aí algures. Se é que existe. Desconfio que nem nunca existiu.

Os sinais enviados perdem-se no espaço, perdem-se no tempo.

Quantas vezes, me dei conta, meses, anos depois, que eles foram alterados na minha cabeça e tantas vezes interpretados ao contrário.

Hoje, nem me atrevo a interpreta-los. Sinto-os, aceito-os calada, mantenho-me quieta e sossegada no meu canto, engulo em seco baralhada e ando para a frente sem pensar.

Ando no meu registo, como se nada se tivesse passado. Os sinais ficam para sempre incógnitos, ficam para sempre por descodificar.

Verdade verdadinha, quantas vezes prefiro sonhar em vez de saber toda a verdade.

Talvez seja este o meu karma:

"Para toda acção existe uma reacção de força equivalente em sentido contrário"

Ou seja, nada faço nada tenho, nada penso nada acontece. Mais vale a realidade conhecida que a realidade por conhecer... Será?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Lusco-Fusco


Ao olhar para o horizonte
Neste lusco-fusco
Vejo o cair da noite
As formas esbatem-se
Perde-se o pormenor
Começam a surgir as sombras
Ganha-se Imaginação
Vê-se o que se quer ver
E até o pobre vira criador
As dunas transformam-se em adamastores
Os arbustos em sereias
E no silêncio instalado
Ecoam os medos
Chegam as lembranças
Desdobram-se as memórias
É neste sonho de escuridão calada
Que projecto a desilusão
Da perda de cada instante imaginado
Que choro lágrimas gordas
Por cada momento vivido
E que me sinto escoltada
Pela presença tão só da solidão.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu ainda sou do tempo em que ...


“Ontem desliguei-me, hoje apaguei-te…”

Estas são algumas palavras utilizadas nos dias de hoje. Não que ontem não fossem utilizadas, mas tinham um significado diferente, um significado inspirador de certa forma romântico se não mesmo poético.

Ontem apagávamos ou tentávamos apagar as coisas da nossa alma, da nossa memória principal, daquela que sente, que vive, que distribui os estímulos, que nos faz estar vivos.

Hoje apagamos literalmente as coisas nas n memórias existentes na nossa vida. Hoje desligar ou apagar é mesmo desligar do mundo, apagar dos supostos auxiliares da nossa memória, aquelas que praticamente a substituem.

E é estranho porque de cada uma que apagamos, de cada uma sentimos um bocadinho de nós a ir embora. Como se já não fossemos capazes de reter na outra memoria cada sentimento, cada momento. Como se um número de telefone, a data dos anos, uma conversa fosse a coisa mais importante do mundo.

As prioridades mudaram!?

Os sentimentos estão-se a perder em relação às outras memórias. Deixou de se reter cheiros, sensações, emoções, flashes, cartas, olhares, passou a guardar-se telefones, conversas, mails.

E o pior é que a sensação da primeira vez, que é a importante, deixou de contar. Perde-se no tempo, perde-se na repetição, perde-se na disposição com que se enfrenta a situação na segunda, na terceira, na quarta vez que ouvimos, vemos ou lemos. Recorremos às memórias para relembrar e ”re-sentir” os sentimentos que um dia tivemos ao ler, ao escrever ou a ver determinada coisa. Esquecemo-nos porem de que cada dia é um dia, cada hora é uma hora e aquilo que sentimos da primeira vez pode ser construído e reconstruído, ou mesmo constituído de forma diferente.

Mas a mim ensinaram-me que não há amor como o primeiro e por isso nunca há vez como a primeira vez.

Aceitar


E aí vamos nós embarcar numa nova viagem!

Acabar uma viagem boa como a que eu acabei de ter é sempre uma brutalidade. Começar outra é sempre um misto de medos, determinação, vontade, alegria, alguma tristeza, e uma ponta de adrenalina que no fundo, no fundo é o que nos dá alguma energia para continuar.

Quando embarcamos nestas novas viagens algo forçadas temos sempre um conjunto de expectativas, previsões e sonhos e tantas outras coisas e nelas vivemos o nosso dia-a-dia tão diferente dos outros dias comuns. Estes dias são muito mais intensos e de certa forma dão sal à vida, mesmo só o conseguindo ver muito mais tarde.

Bom ou mau, sonho ou pesadelo, amanha, vamo-nos lembrar deles.

Neles encontramos os nossos faroleiros, jardineiros, as nossas cobras, os nossos aviadores, os nossos acendedores de candeeiros. Neles temos o nosso Pé de laranja lima e os nossos Portugas, neles temos outras alegrias e outras tristezas.

Uma coisa é certa, a vida continua, o tempo passa, o sol nasce todos os dias. E eu sou eu e tenho de continuar o meu caminho, quer queira quer não.

A luz pode ser fraca, mas ela vai iluminado. Primeiro muito perto e depois cada vez mais longe, até que o Sol nasce.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Apaguei-te


Acabei de te apagar
Estranha esta dor
De te afastar
De te deixar ir assim
Num gesto calado
Para longe de mim

Estranha esta dor
De me desligar sem estar desligada
De te apagar e não te sentir apagado
Estranha esta dor
De te ver morrer em mim
De saber que ontem sabia o teu nome
Ele estava escrito nas minhas memórias
De saber que hoje ele se vai apagar no tempo

Com a certeza que ficas escrito para sempre
Na memória de minh’alma.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Recover your soul




Baby you're missing something in the air
I got a name but it don't matter
What's going on? It's cold in here
You have a life but it's torn and tattered

Maybe you're loosing pieces of your heart
You have a world but it stopped turning
You loose the day and gain the dark
Love was a fire but it stopped burning

So spare you heart, save your soul
Don't drag your love across the coals
Find you feet and your fortune can be told
Release, relax, let go
And hey now let's recover your soul

They see your sunset sinking like a tear
Along the night in a loosing battle
That perfect world ain't never clear
You have to fight for the things that matter

(Elton John)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Saberei


Saberei viver assim
Sem o sol que me ilumina
Sem a estrela que me guia
Sem a lua que me inspira

Saberei viver
Sem o pão que me alimenta
Sem a água que me tira a sede
Sem o vinho que me alucina

Saberei por ventura viver
Sem o mar que me acalma
Sem o campo que me da cor
Sem o rio que me encaminha

Saberei eu viver sem ti
Que me deste toda esta Vida