segunda-feira, 24 de maio de 2010

Inércia do pensamento


Isto de não conseguir escrever está a dar cabo de mim.

Novamente a fase do gamanço! Até quando?

Só que desta vez, as ideias não faltam, os sentimentos são aos milhões e tudo está a mexer e a ser remexido.

Tanta coisa em ebulição não vai dar certo!

Coisas boas e coisas menos boas, todas a rolarem como se de uma máquina da roupa se tratasse.
Há coisas que debotam. Não sei se a tinta vai pegar às outras, só no fim se verá.

O Tambor não pára de rodar, a porta não se consegue abrir. Parece que a escuridão reina.

Por um lado ainda bem. Não vá sair tudo de chofre e não se conseguir distinguir o trigo do joio.

Por outro, fico incomodada com as coisas que me passam pela cabeça, aqui e ali, sem um fio condutor. Pior ainda, fico incomodada de não estar com paciência para o arranjar e conseguir combater esta inércia do pensamento.

No meio deste rolar, há palavras que saltam e surgem do meio do nada como: cumplicidade, desconhecimento, olhares, alegria, envolvimento, medo, ser, perfeição, beleza, amor, amizade, engano, atracção, desejo, tristeza, beijos, sorriso, sonho, satisfação, felicidade, carinho, querer, ter, não ter, vontade e tantas outras.

Eu sei que não são só palavras, são palavras!

São palavras que podem dizer tanta coisa, são palavras que podem destruir ou construir quando dissecadas nos seus contextos. São medos, são desejos, são sonhos, são contradições, são frustrações, são decepções, são indefinições, são limitações, são dores de crescimento, de conhecimento, de ausência, de experiência, de carência.

Melhor mesmo é deixar-me andar e continuar nesta “inércia do pensamento”.

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