domingo, 12 de julho de 2009

Tempo de mudança


Comecei há uns dias e muito lentamente a não querer perceber mas a sentir que estou em fase de readaptação.

Apercebi-me que existem novas realidades na minha vida. Não sei se são boas se são más, sei que tenho de me adaptar e de aceitar os novos caminhos que se abrem bem na minha frente, deixando que outros se fechem debaixo dos meus pés. Andar para a frente significa isso mesmo.

Eu nunca fui muito dada a mudanças, nem nunca gostei de deixar de ter umas coisas para ter outras. Prefiro sempre as anteriores, por medo ou pelo que for! As antigas, eu já conheço!

Mas já vou mais longe do que queria.

Para além da relutância à mudança, bem visível, cá me parece que este novo ciclo é como o 8º ano, não é carne nem peixe, nem o começo de um ciclo nem o acabar de outro, é só mais um, só que é de transição, não trás nada de novo, mas tira-nos todas as mais-valias que tínhamos anteriormente. Ora mudar para pior, não obrigada, mudar por mudar também não me apetece, mudar porque tem de ser, pois… Deve ser por aqui.

Sempre me adaptei bem a todas as fases da vida. Houve umas, um bocado mais difíceis do que outras, nessas estrebuchei, mas elas foram passando e eu fui vivendo o melhor que pude dentro de cada realidade.

A mais difícil de passar foi, sem dúvida, a adolescência. Crescer nunca foi fácil para mim. A partir dai, tudo correu sobre rodas, um bocadinho mais um bocadinho menos, mais ou menos acompanhada.

Pensei, com algum alívio, que nunca mais tivesse de pensar em crescer outra vez. Mas lá está, esse bichinho dá cabo de nós, e ao contrário do que eu pudesse imaginar, aí está ele outra vez a azucrinar-me o espírito.

Só que agora a realidade é outra, a nossa rede de segurança deixou de existir, estamos por nossa conta e risco.

2 comentários:

Mike disse...

Hesitei muito em comentar este texto que fala de mudança e de alguém que é avessa a ela. Eu, que desde os quinze anos que a mudança faz parte da minha vida. Contudo achei que lhe devia deixar umas palavras, simples e breves. A mudança é como começar a andar, coisa de que já não nos lembramos, certo? Só custa no princípio, depois é boa e até nos rimos do que passámos nessa mudança. A mudança é boa porque nos faz crescer, dá-nos auto-confiança, passamos a acreditar e a gostar mais de nós e depois só temos, como em tudo na vida, a encontrar o equilíbrio (quando correr, quando andar a passo, quando parar). E nunca pense que essa rede não existe... não pense na rede. A esta altura está a pensar que para mim é fácil falar. E eu respondo-lhe que sim, porque sei do que falo. Em frente que se faz tarde, Sum. :)
p.s. - só mais uma dica, posso?... quando se inicia uma fase de mudança não é saudável, eu diria mesmo que é proibido, olhar para trás, ouviu?... é soltar as amarras, içar as velas e não olhar para a terra a ficar pequenina que há outra terra do lado de lá. :)

(uff... que comentário mais chato... risos)

sum disse...

Chato nada.
Ainda bem que comentou, ouvir quem tem alguma coisa para nos dizer é sempre bom, principalmente em alturas como estas.
Só não sei como é que uma pessoa que passou a vida inteira a mudar pode gostar de mudar, como pode achar que dá auto-confiança, (risos) eu estou desfeita (mais risos)
Vou tentar entender com uma boa noite de sono:))
Fora de brincadeiras, Obrigada.